Fim-de-semana de Fagulhas

Estava nervosa, o fim de semana ia finalmente começar, os fagulhas estavam mesmo a chegar. Perguntava para mim como é que ia ser, era a minha primeira vez a animar um fim de semana na candeia, não sabia se estava à altura, não sabia como ia ser, mas rapidamente com a chegada dos fagulhas os nervos passaram. Eram imensos, chegaram a correr, uns já sabiam para o que iam, outros estavam nervosos como eu por ser o seu primeiro fim de semana de fagulhas.
Fiquei mesmo surpreendida, a felicidade era geral, o entusiasmo era enorme, a forma como faziam cada coisa era contagiante, sempre prontos para ajudar a distribuir o jantar, entusiasmados com os jogos que tínhamos para eles, a forma como cantavam os aplausos, o sorriso contagiante de cada um, senti-me mesmo feliz.
Consegui viver o que já me tinham dito várias vezes: que a candeia é mesmo especial: as relações que se criam, as amizades que nascem, as conversas que se têm, cada um dos fagulhas que conheci é muito especial e a candeia é certamente um porto de abrigo na vida de cada um.
Para mim, o melhor momento do fim de semana foi o boa noite, um momento em que todos juntos agradecemos pelas coisas boas do nosso dia , foi tão bonito ver que realmente “da relação nasce a luz” e que a candeia marca cada um de nós, tanto fagulhas como animadores.
Digo-vos que depois deste fim de semana fiquei com a certeza que vim para ficar, a candeia é mesmo para todos, todos cabem, por mais diferentes que sejam e aí é que está a riqueza, aprendemos uns com os outros e crescemos juntos.
Os nervos iniciais de quem ia para algo novo eram normais e passaram rápido, arrisco-me a dizer que os fagulhas, que iam com receio como eu, saíram do fim de semana com um sorriso na cara e tal como eu entusiasmados para um próximo! E eu mal posso esperar para estar outra vez com os fagulhas.
Enquanto não chega a próxima vez, fico com a certeza que a luz da candeia continua acesa em cada um de nós.

Carmo Costa Macedo